A magnífica região da Borgonha!
Finalmente
de volta para vos escrever mais uma história! Desta vez vou falar-vos da
Borgonha, uma região magnífica que adorei, e que me cativou pelas suas paisagens
e claro pelos vinhos fantásticos!
A
Borgonha dispões de uma situação geográfica única, sofrendo a influência
mediterrânica ao sul, continental ao norte e oceânica a Oeste. Este cruzamento
de influências confere ao vinho da Borgonha uma identidade única e a terra de
eleição das castas Pinot Noir e Chardonnay.
Os vinhos da Borgonha têm uma longa história para contar, com mais
de 2000 anos, e onde o homem desempenha um papel determinante. A partir de 500
d.C., são os monges que cultivam a vinha e fazem o vinho. Eles trabalharam com
cuidado estas terras para selecionar as melhores parcelas e as castas
apropriadas. A partir dos séculos XIV e XV, são os próprios duques da Borgonha
que promovem o aperfeiçoamento dos vinhos, apoiando a sua comercialização e
reputação em França para expandir em toda a Europa. Entre 1870 e 1880 dá-se a
crise da “Phylloxera” que leva à total devastação de todas as vinhas da Europa,
inclusive as da Borgonha. Os vinicultores replantam novamente as suas vinhas em
solos melhores, promovendo uma viticultura de qualidade. É no século seguinte,
que o conceito de “Appellations d’Origine Contrôlée” é formalizado, levando à
normalização de todos os padrões de produção e qualidades, o que faz com que
este vinho seja considerado um dos melhores do mundo.
Somente
uma pequena parte da “Grande Borgonha” produz vinho. O coração da Borgonha
Vitícola é uma colina privilegiada – La Côte d’Or- que é constituída por
aldeias de nome célebre (Nuits Saint-Georges, Gevrey-Chambertin, entre outros) que
elaboram dos mais belos vinhos. Mais a sul, na “Côte chalonnaise” em Mâconnais
e Beaujolais, o vinho é também o principal recurso. Apesar das suas diferenças,
os vinhos da Borgonha são reconhecidos pelas suas principais castas: Chardonnay
para o vinho branco (49%) e Pinot Noir (35%) para os tintos. A região vitícola
de Beaujolais é a única zona a utilizar a casta Gamay (8%).
Os
vinhos da Borgonha são hierarquizados da seguinte forma: os AOC regionais, os
AOC “Village2, os “Premiers” Crus e os “Grands” Crus.
O clima da região é do tipo semi-continental,
com invernos frios e verões com temperaturas elevadas que permitem uma
maturação ótima da uva. O solo da Borgonha é essencialmente calcário e de
outras rochas, resultante da deposição durante milhões de anos de restos de
animais e conchas que cobriram a região no período Jurássico.
Os “Climats”
característicos desta região, são parcelas de terra perfeitamente delimitadas,
que beneficiam de condições geológicas e climáticas específicas que, juntamente
com o trabalho do homem deram origem ao excecional mosaico de “Terroir”.
Os vinhos da Borgonha são
maioritariamente monocasta e logo a noção de ano de colheira é muitíssimo
importante. Cada colheita tem assim a sua própria personalidade. Quer se trate
de um pequeno ou grande vinho, um tinto da Borgonha deverá ser subtil e
sensual, sem muita evidência ou autoridade. Um vinho simples deverá oferecer um
cheiro a fruta (framboesa e cereja, mais frequente) e uma doçura natural. Com o
tempo, os melhores “Crus” ganham riqueza e complexidade e desenvolvem aromas
mais fortes. As melhores colheitas experimentam, após alguns anos em garrafa,
uma concentração aromática marcante. O Chardonnay é uma casta que pode variar
enormemente os seus aromas e perfumes depois da vinificação, envelhecimento e “Terroir”.
Os amantes do vinho identificam um aroma amanteigado. Os brancos genéricos
(Borgonha AOC, vinhos de Mâcon, Chablis…) raramente passam pela barrica e logo
devem ter um aroma limpo, sem muita acidez, mas que deixam aparecer aromas de
fruta e de mel. Os melhores brancos ganham uma complexidade com a sua
maturidade. Um grande branco será um vinho amplo, com aroma de mel e avelã.
Mais de 202 milhões de garrafas são
produzidas por ano, o que representa 0,4% da produção vinícola mundial. Uma em
cada duas garrafas de vinho da Borgonha segue para exportação.
Deixo-vos
algumas fotografias que fiz e que ficaram divinais! Próxima aventura….Suíça e
Itália Val D’Aoste!
Finally back to you write another story! This
time I will speak to you of Burgundy, a magnificent area that I loved, and I am
captivated by its landscapes and of course the fantastic wine!
Burgundy cares from a unique geographical situation, suffering the south Mediterranean influence, continental and oceanic North West. This combination of influences gives the Burgundy wine a unique identity and earth election of Pinot Noir and Chardonnay.
The wines of Burgundy have a long story to
tell, with over 2000 years, and where the man plays a decisive role. From
500 D.C, are the monks who grow grapes and make wine. They
worked carefully these lands to select the best plots and the varieties
appropriate. From
the XIV and XV centuries are themselves dukes of Burgundy that promote the
improvement of wines, supporting their marketing and reputation in France to
expand across Europe. Between
1870 and 1880 if the crisis gives the "Phylloxera" that causes the
total destruction of all the vineyards of Europe , including those of Burgundy
. Winemakers
again replant their vineyards on the best soils, promoting quality viticulture.
It
is in the following century, the concept of "Appellations d' Origine
Contrôlée" is formalized, leading to the normalization of all production
standards and qualities, which makes this wine is considered one of the best in
the world .
Only a small part of the "Great Burgundy” produces wine. The heart of Burgundy Viticulture is a privileged hill - La Côte d'Or , which is made up of villages celebrated name ( Nuits Saint - Georges , Gevrey - Chambertin , among others ) that produce the finest wines . Further south, in the “Côte Chalonnaise “ in Maconnais and Beaujolais , the wine is also the main feature . Despite their differences, the wines of Burgundy are recognized by their main varieties: Chardonnay for white wine (49 %) and Pinot Noir (35 %) for the reds. The wine region of Beaujolais is the only place to use grape Gamay (8 %).
The wines of Burgundy are ranked as follows:
the regional AOC, the AOC " Village2 the “Premiers “Crus and the"
Grands " Crus.
The climate is semi -continental, with cold
winters and summers with temperatures that allow for optimal ripening of the
grape. The
Burgundy soil is mainly limestone and other rocks, resulting from deposition
over millions of years of animal remains and shells that covered the region in
the Jurassic period.
The “Climats " characteristic of this
region , are clearly delimited plots of land , benefiting from specific
geological and climatic conditions which, along with the man's work gave rise
to exceptional mosaic of " Terroir " .
The wines of Burgundy are mostly varietal
and soon the notion harvest is highly important. Each harvest has
its own personality as well. Whether it is a small or great wine, a red
Burgundy should be subtle and sensual, without much evidence or authority. A
simple wine should offer a smell of fruit (raspberry and cherry, more frequent)
and a natural sweetness. Over time, the best "Crus" gain richness and
complexity and develop stronger flavor. The
best crops experience, after a few years in bottle, striking aromatic concentration.
The Chardonnay is a grape that can vary enormously their scents and perfumes
after vilification, aging and "Terroir". Wine lovers
identify a buttery flavor. The
generic white (AOC Burgundy, Mâcon wines , Chablis ... ) rarely spend the
barrel and then must have a clean scent , without much acidity , but leave
appear flavor of fruit and honey .The best white gain complexity with its
maturity. A great
white wine will be a large, flavored honey and hazelnut.
More than 202 million bottles are produced
each year, which represents 0.4 % of world wine production. One in two bottles
of Burgundy wine goes for export.
I leave you some pictures I made and were heavenly! Next adventure.... Switzerland and Italy Val d' Aoste!
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